Servo de Deus ou de ideologias humanas?

Algumas vezes paramos atônitos para pensar em algumas atitudes dos ditos cristãos dentro e fora da Igreja (templo). É incrível como não precisamos ser intelectuais ou líderes para perceber que não são ações vindas de Cristo. Pior que isso, é que muitas vezes o fazem em nome de Deus. É como fazer uma dívida e deixar que Deus a pague.
O livro do profeta Isaías (1, 13 – 17), diz: De nada serve trazer oferendas; tenho horror da fumaça dos sacrifícios. As luas novas, os sábados, as reuniões de culto, não posso suportar a presença do crime na festa religiosa. Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas; elas me são molestas, estou cansado delas. Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço. Vossas mãos estão cheias de sangue, lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de diante de meus olhos. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva.”.
Palavras duras, porém necessárias. Esse trecho é tão atual quanto as más ações que, infelizmente, ainda existem dentro de nossas Igrejas. Deus não quer só orações, Ele espera atos concretos. No livro do, também profeta, Joel (2,13) diz: “Rasguem o coração, e não as vestes.” E o próprio Jesus disse em Mateus 5, 23 - 24: “Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.”
        Essas e tantas outras citações bíblicas nos mostram o que é, de fato, servir a Deus: FAZER SUA VONTADE, ATRAVÉS DO SERVIÇO AO IRMÃO. Jesus não fez mais nada que isso. Sua prioridade não era pregar com palavras, e sim com seus atos. Nós, no entanto, fazemos — na maioria das vezes — o inverso.
        Fazendo uma analogia com um trecho da música "faroeste caboclo", de Renato Russo, é possível traduzir um pouco do sentimento dos que vêem e lamentam essa situação de controvérsia:  “Sei o que devo defender,
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e por valor eu tenho e temo o que agora se desfaz. Ou seja, tendo a graça e o amor de Deus, existe o temor porque parece estar se desfazendo em nossas atitudes o que há na Bíblia e que Deus nos fala todos os dias em nossos corações.
        Vamos orar, mas vamos — acima de tudo — pôr em prática os ensinamentos de Cristo. Eu disse: “de Cristo!”. Porque é muito comum lideranças de algumas Igrejas dizerem que suas palavras são a vontade de Deus, quando — na verdade — é a vontade pessoal dele(a). Tomás de Aquino já previa isso: Pois é muito mais grave corromper a fé, da qual vem a vida da alma, que falsificar dinheiro, pelo qual a vida temporal é sustentada.
                 Para evitar que voltemos totalmente à Idade Média, quando o nome de Deus era usado pra justificar atos humanos (líderes da Igreja), temos de prestar atenção no que é dito por nossos pastores. Acima de tudo, é preciso estarmos fortalecidos na fé. Pois o conhecimento não é suficiente para diagnosticarmos o uso indevido da palavra de Deus. Sê servo de Jesus, não de ideologias humanas que não são pautadas em Cristo.

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