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Todos nós somos suscetíveis ao erro, não há novidade nenhuma
nisso. Entretanto, parece que agimos como se só o outro o fosse. Digo isso,
porque insistimos em enfatizar o que o próximo faz de errado. E mais que isso, mesmo
quando o irmão já se redimiu e não vive mais a realidade do pecado, continuamos
a relembrar o seu passado. (Lc 6,43-49)Tal atitude, além de ser uma tolice, é uma ação que
vai contra os ensinamentos de Cristo. Logo, tal comportamento não condiz com a
espiritualidade do ser cristão. (Lc 17,1-4 ; Tg 1,26 ; Mc 2,17)
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Jesus nunca quis saber do passado de ninguém. Ele nunca
se interessou pelo que os que o procuravam tinham. Pelo contrário, curava-os (físico
e espiritualmente) e dizia-lhes para que fossem e não mais pecassem. (Jo 8,1-11 ; ) Aqueles que
decidiam segui-lo nunca escutaram o Senhor falando de seus erros às outras
pessoas e nem à eles mesmos. Quando ressuscitou, por exemplo, Jesus não foi
dando sermão nos apóstolos porque eles o haviam abandonado e nem “passou na
cara deles” o que Ele havia feito nas suas vidas e eles o haviam largado para
morrer na cruz. Inversamente, Cristo desejou-lhes a paz (porque sabia que estavam
se sentindo inseguros e perdidos, sem Ele) e enviou-lhes para a missão. (Lc 24,36-51 ; Jo 20,19-31)
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Muitos de nós, por outro lado, costumamos apontar os
passos errantes do outro. Numa atitude, inclusive, de incredulidade. Incredulidade,
sim! Porque deixamos de acreditar na mudança de vida do irmão, esquecendo,
inclusive, de que nós também podemos errar. (Rm 14,7-13 ; Mt 7,1-5 ; Jo 7,24) Recordo-me de da conversão de Paulo
(antes Saulo de Tarso), que era um perseguidor da Igreja temido por todos os
cristãos. Depois de conhecer o Senhor e querer dedicar sua vida a Deus, Paulo
foi alvo de severos comentários desconfiados. Os cristãos custaram a acreditar
que ele havia, de fato, se convertido. E veja em que Paulo se transformou: o
responsável por expandir a Igreja no mundo. (At 9,10-29)
Paulo, pela graça de Deus, não desistiu mesmo em meio
às desconfianças e julgamentos dos outros cristãos. Mas nem todos os
recém-convertidos são iguais a ele. Quando entramos na Igreja o que queremos é
ser bem acolhidos. Geralmente, buscamos o amor de Deus que não encontramos no
mundo, buscamos um amor de pai, de mãe, de irmãos... Se a casa de Deus não for
o lugar onde somos bem recebidos, me pergunto aonde seremos? Cristo Jesus
chamou doze pecadores para serem seus apóstolos e depositou confiança neles.
Foi por conta disso que eles renderam frutos ao Reino de Deus: sentiram-se
acolhidos e confiáveis.
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Não estou, com essa reflexão, dizendo que temos de ser
coniventes com o pecado. De forma alguma! Precisamos é sermos acolhedores no
ato de corrigir o irmão. (Cl 4,6 ; Dt 22,4 ; 2 Tm 2,24-26) Não é simplesmente o ato de apontar, temos que indicar
o caminho que ele deve seguir para não errar mais. Não interessa o que o outro
fez, o mais importante é o que ele pode fazer pelo Reino de Deus. Não acreditar
que o outro possa mudar, é o mesmo que não crer que você mesmo tenha mudado,
afinal, não existe diferença entre você e o seu irmão. Somos filhos do mesmo
Pai e todos já andamos errantes e poderemos voltar a errar a qualquer momento. (Cl 3,12-17)
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