As estrelas nunca estão no mesmo lugar. Todas as noites se revezam num bailado incrivelmente belo e breve. Olhamos para elas e, quando tiramos os olhos por alguns instantes, já não estão onde antes estavam. Algumas, como as três Marias, ficam encenando a mesma peça e se mostram céu afora.
Eis que em meio aos diversos bailados, que cada uma ou agrupamento apresenta, surge uma nuvem para ofuscar um pouco o brilho. Algumas vezes esse ofuscamento passa rapidamente; outras, demora um tempo enorme. Contudo, pouco ou muito, as nuvens se vão e o espetáculo recomeça com o mesmo encanto de antes.
Também há dias que não as vemos, mas sabemos ali estão e tornaremos a vê-las. Uns dias elas aparecem aos montes, em outros mal conseguimos enxergar uma sequer.
Assim somos nós: estrelas que precisam brilhar e estar apresentando todos os dias o nosso espetáculo. Algumas vezes não será possível aparecer ou estarmos radiantes; alguns momentos seremos ofuscados por obstáculos vários; sempre teremos de estar em constante mudança de estado. Contudo, seremos sempre estrelas e sempre terá alguém que nos verá e terá algum sentimento ou reação, em relação a nós.
Seja qual for o seu espetáculo, as situações em que você o apresentará, a forma como apresentará, as pessoas que o verão, as que irão gostar ou não, seja como for você fará a apresentação. Bem ou mal, ruim ou bom, alguém se beneficiará de você e isso é o que vale a pena ser estrela. Todas têm uma razão e contigo não é diferente. Acredite, o céu está esperando o seu bailado espetacular — seja alegre ou triste — todos os dias.